sábado, 24 de maio de 2025

Ratos em portos brasileiros: um risco para a economia e a saúde pública

 Ratos em portos brasileiros: um risco para a economia e a saúde pública

DOI: https://doi.org/10.6008/CBPC2674-6492.2022.001.0002

Dr. J.R. de Almeida 

[https://x.com/dralmeidajr][instagram.com/profalmeidajr/][  https://orcid.org/0000-0001-5993-0665][https://www.researchgate.net/profile/Josimar_Almeida/stats][ https://uerj.academia.edu/ALMEIDA][https://scholar.google.com.br/citations?user=vZiq3MAAAAJ&hl=pt-BR&user=_vZiq3MAAAAJ]

Editora Priscila M. S. Gomes


A presença de roedores em portos brasileiros representa um desafio significativo para a economia, transporte marítimo e saúde pública. Um estudo recente sobre o Porto de Paranaguá, um dos principais do país, identificou uma grande população de ratos, atraídos pelo acúmulo de resíduos e pela oferta abundante de alimentos.

 

Por que os Portos Atraem Roedores?

 

A fauna sinantrópica nociva, termo que define animais que vivem próximos aos humanos e podem causar prejuízos, encontra nos portos um ambiente ideal. Os ratos, em especial, se proliferam devido à presença de água, alimento e abrigo, fatores essenciais para sua sobrevivência.

Os resíduos gerados pelas operações portuárias, incluindo sucatas, restos orgânicos e materiais descartáveis, criam condições favoráveis para a infestação. Além disso, a ausência de predadores naturais nas áreas portuárias facilita o crescimento descontrolado dessas populações.

 



As Espécies Mais Frequentes

 

No estudo realizado no Porto de Paranaguá entre 2012 e 2014, três espécies de roedores foram identificadas:

  • Rattus norvegicus (Ratazana): De grande porte, esse roedor habita áreas subterrâneas e costuma viver próximo a fontes de água.
  • Rattus rattus (Rato de Telhado): Hábil escalador, prefere locais elevados como sótãos e telhados, sendo comum em áreas urbanas verticalizadas.
  • Mus musculus (Camundongo): Pequeno e ágil, vive em habitações humanas e se adapta facilmente a diferentes ambientes.

 

 

 

Os Perigos da Infestação

 

Além dos prejuízos econômicos, com perdas de grãos e mercadorias, os ratos representam um risco sanitário, pois são vetores de doenças como leptospirose, hantavírus e salmonelose. O contato com fezes, urina ou mordidas desses animais pode comprometer a saúde dos trabalhadores portuários e da população em geral.

 


 

Medidas de Controle e Monitoramento

 

Para combater a infestação, foram implementadas ações de monitoramento e controle no Porto de Paranaguá, incluindo:

  • Mapeamento das áreas mais afetadas;
  • Instalação de armadilhas para captura e estudo dos roedores;
  • Aplicação de questionários sobre o manejo de resíduos;
  • Comparação com outros 20 portos brasileiros para análise da situação nacional.

 

O combate à fauna sinantrópica nos portos exige medidas contínuas de higiene, manejo de resíduos e monitoramento ambiental. A redução de fontes de alimento e abrigo para os roedores é essencial para minimizar os riscos associados à sua presença.

 


 

A pesquisa reforça a necessidade de políticas públicas eficazes para o controle desses animais e a garantia de um ambiente mais seguro nos portos brasileiros.

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