quinta-feira, 5 de junho de 2025

Nova Metodologia para Análise do Impacto do Atropelamento de Fauna: Estudo de Caso Paraty-Cunha

Nova Metodologia para Análise do Impacto do Atropelamento de Fauna: Estudo de Caso Paraty-Cunha

DOI: http://dx.doi.org/10.21664/2238-8869.2022v11i1.p249-275

Dr. J.R. de Almeida 

[https://x.com/dralmeidajr][instagram.com/profalmeidajr/][  https://orcid.org/0000-0001-5993-0665][https://www.researchgate.net/profile/Josimar_Almeida/stats][ https://uerj.academia.edu/ALMEIDA][https://scholar.google.com.br/citations?user=vZiq3MAAAAJ&hl=pt-BR&user=_vZiq3MAAAAJ]

Editora Priscila M. S. Gomes


Na Estrada com a Natureza: O Impacto Invisível dos Atropelamentos de Animais Silvestres

Quando me vi diante da rodovia Paraty-Cunha (RJ-165), rodeada por uma das regiões mais ricas em biodiversidade do país, percebi o quão tênue é a linha entre o progresso e a preservação. Essa estrada, que corta o Parque Nacional da Serra da Bocaina, é um exemplo clássico de como o asfalto pode representar tanto desenvolvimento quanto ameaça à vida selvagem.

A fireman standing in front of a destroyed plane

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Durante meses, acompanhei um estudo que propõe uma nova forma de avaliar o impacto ambiental causado pelos atropelamentos de animais silvestres. E não estamos falando de uma contagem simples de corpos à beira da pista. A proposta vai além: busca entender quais espécies são atingidas, qual a sua importância ecológica, e em que trechos os atropelamentos são mais frequentes e graves.

A realidade que encontrei foi dura. Mesmo em uma área protegida, os atropelamentos são frequentes. Estima-se que no Brasil, cerca de 14,7 milhões de animais sejam atropelados por ano. É um número alarmante, e quando olhamos para as espécies envolvidas, muitas delas ameaçadas de extinção, a urgência do problema se torna ainda mais evidente.

A truck on a river

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A nova metodologia aplicada nesse estudo permitiu analisar com uma precisão inédita, os impactos causados pelos atropelamentos na Paraty-Cunha. E os dados foram claros: existem trechos críticos, onde o risco para os animais é maior não apenas em quantidade, mas também em qualidade ou seja, atingindo espécies mais sensíveis ou fundamentais para o ecossistema.

Mais do que números, essa análise traz um apelo: precisamos agir. O que está em jogo não é apenas a vida de um animal isolado, mas o equilíbrio de ecossistemas inteiros. Ao propor essa metodologia, os pesquisadores oferecem aos gestores públicos e aos órgãos de fiscalização uma ferramenta poderosa para tomar decisões mais embasadas e eficazes.

Ficou evidente que os trechos iniciais da rodovia são os mais impactantes. Ali, os atropelamentos foram mais frequentes e atingiram espécies de grande importância ecológica. Diante disso, a recomendação é clara: é preciso intensificar as medidas de mitigação, como a instalação de passagens de fauna e sinalizações específicas e continuar monitorando a área por pelo menos mais três anos. Só assim será possível saber se as ações estão surtindo efeito ou se ajustes serão necessários.

A bird on a tile floor

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O caminho para a convivência entre infraestrutura e biodiversidade existe. E passa por iniciativas como esta, que unem ciência, sensibilidade e ação. Afinal, cada animal que conseguimos salvar é uma pequena vitória em um grande esforço pela preservação da nossa fauna.


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