Eficiência Energética Residencial Ganha Destaque no Desenvolvimento Sustentável das Cidades Brasileiras
Dr. J.R. de Almeida
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Editora Priscila M. S.
O crescimento populacional tem impulsionado de forma significativa o aumento do consumo de energia no país. No Brasil, o uso residencial representa cerca de 10% de toda a energia consumida, segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE, 2020). Esse número revela a importância de se discutir a eficiência energética nas residências como um dos eixos estratégicos para o desenvolvimento sustentável dos municípios.
Especialistas destacam que a eficiência energética compreende um conjunto de tecnologias e práticas voltadas à redução do consumo de energia sem comprometer o nível de conforto ou desempenho dos serviços oferecidos. De acordo com Sarkar e Singh (2010), trata-se de otimizar processos e hábitos para atingir os mesmos resultados com menor gasto energético. A relevância desse tema é tamanha que ele integra a lista dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos pelas Organização das Nações Unidas. A meta 7 “Energia Acessível e Limpa” busca, até 2030, dobrar a taxa global de melhoria na eficiência energética.
A eficiência energética está diretamente relacionada à sustentabilidade urbana. Uma cidade sustentável é aquela que aprimora continuamente a eficiência de seus processos, serviços e do uso dos recursos naturais. Como apontam Macêdo e Martins (2015), a sustentabilidade urbana depende também da forma como a população se distribui no território e interage com os recursos ambientais disponíveis.
O setor da construção civil tem um papel determinante nesse cenário. Conforme Popescu et al. (2012), as técnicas construtivas predominantes em edifícios representam o maior segmento de consumo de energia primária e respondem, ainda, pela maior parcela das emissões globais de gases de efeito estufa. Isso significa que investir em edificações mais eficientes e em políticas públicas que estimulem práticas sustentáveis no ambiente urbano pode gerar impactos positivos expressivos tanto na redução do consumo energético quanto no combate às mudanças climáticas.
O fortalecimento de estratégias de eficiência energética no setor residencial e na construção civil se apresenta, portanto, como um dos caminhos mais promissores para promover cidades mais resilientes, econômicas e ambientalmente responsáveis.

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