quinta-feira, 3 de julho de 2025

Erosão costeira avança sobre praias da Barra da Tijuca e Recreio, no Rio de Janeiro

 Erosão costeira avança sobre praias da Barra da Tijuca e Recreio, no Rio de Janeiro

Dr. J.R. de Almeida

[https://x.com/dralmeidajr][instagram.com/profalmeidajr/][  https://orcid.org/0000-0001-5993-0665][https://www.researchgate.net/profile/Josimar_Almeida/stats][ https://uerj.academia.edu/ALMEIDA][https://scholar.google.com.br/citations?user=vZiq3MAAAAJ&hl=pt-BR&user=_vZiq3MAAAAJ]

Editora Priscila M. S. Gomes


Nas últimas quatro décadas, as praias que compõem o arco-praial da Barra da Tijuca e do Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste do Rio de Janeiro, vêm sofrendo um processo contínuo de erosão costeira. Em alguns trechos da orla, já é possível observar o recuo visível da linha de praia, resultado de transformações ambientais associadas à ocupação urbana e à força natural do mar.

Especialistas apontam que um dos principais fatores para esse avanço da erosão é a urbanização desordenada das áreas de pós-praia, conhecidas como backshore, promovida pela Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro. A ocupação dessas regiões, que deveriam funcionar como zonas de amortecimento entre o mar e o ambiente construído, comprometeu a dinâmica natural da faixa litorânea.

Além disso, eventos oceânicos intensos, como as ondas de tempestade provenientes do quadrante sudoeste, têm acelerado o desgaste das praias. O impacto dessas ondas, somado à fragilidade causada pela supressão de áreas naturais, contribui para a retirada de sedimentos e a perda de faixa de areia.

Outro fator agravante é a expansão urbana da zona oeste sobre antigos cordões arenosos e regiões de lagunas, ecossistemas naturalmente frágeis e sensíveis às interferências humanas. Essa ocupação intensificou a vulnerabilidade do litoral, alterando o equilíbrio geomorfológico da região e ampliando os efeitos da erosão.

O cenário exige atenção imediata de autoridades e da sociedade, uma vez que o avanço do mar compromete não apenas a integridade ambiental das praias cariocas, mas também a segurança de infraestruturas, moradias e da própria população local.


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