quinta-feira, 17 de julho de 2025

Ventos predominantes moldam o clima e a dinâmica costeira da Baixada de Jacarepaguá

 Ventos predominantes moldam o clima e a dinâmica costeira da Baixada de Jacarepaguá

Dr. J.R. de Almeida

[https://x.com/dralmeidajr][instagram.com/profalmeidajr/][  https://orcid.org/0000-0001-5993-0665][https://www.researchgate.net/profile/Josimar_Almeida/stats][ https://uerj.academia.edu/ALMEIDA][https://scholar.google.com.br/citations?user=vZiq3MAAAAJ&hl=pt-BR&user=_vZiq3MAAAAJ]

Editora Priscila M. S. Gomes


A circulação atmosférica na baixa troposfera da região da Baixada de Jacarepaguá revela padrões de vento que influenciam diretamente o clima local e os processos naturais associados à dinâmica costeira. Estão entre os mais intensos os ventos provenientes das direções sul e sudoeste (S/SW), com velocidades médias que variam entre 35 e 46 km/h. Esses ventos mais frescos e úmidos estão frequentemente associados à chegada de frentes frias, que costumam trazer instabilidade atmosférica e episódios de chuva.

Já os ventos de leste e nordeste (E/NE), com velocidades mais brandas entre 7,5 e 18,5 km/h são predominantes em condições de tempo estável. Eles se originam do Anticiclone do Atlântico Sul, uma zona de alta pressão responsável por manter o tempo seco e quente em boa parte do ano.

De acordo com os registros regionais, aproximadamente 19,4% do tempo é caracterizado por calmarias, sem presença significativa de vento. Ainda assim, em 96% dos registros observados, os ventos dominantes provêm das direções E/NE e S/SW, indicando um padrão climático bem definido. A maioria das velocidades de vento cerca de 67,7% concentra-se entre 7,5 e 10,5 km/h, configurando-se como fracas a moderadas.

Esse predomínio de ventos menos intensos, presente em 80% do tempo, aponta para um transporte eólico discreto na região. Isso confere maior importância às correntes marinhas como principal agente responsável pelo transporte de sedimentos ao longo da linha de costa da Baixada, influenciando diretamente a formação e a preservação das praias e áreas de restinga.

A análise reforça a relevância da interação entre os fatores atmosféricos e marinhos no equilíbrio ambiental da região, sendo um dado crucial para o planejamento urbano, a gestão ambiental costeira e ações de adaptação às mudanças climáticas.


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