sábado, 19 de julho de 2025

Variação dos Ventos e Formação das Ondas Marinhas Influenciam a Dinâmica Costeira no Litoral do Rio de Janeiro

 Variação dos Ventos e Formação das Ondas Marinhas Influenciam a Dinâmica Costeira no Litoral do Rio de Janeiro

Dr. J.R. de Almeida

[https://x.com/dralmeidajr][instagram.com/profalmeidajr/][  https://orcid.org/0000-0001-5993-0665][https://www.researchgate.net/profile/Josimar_Almeida/stats][ https://uerj.academia.edu/ALMEIDA][https://scholar.google.com.br/citations?user=vZiq3MAAAAJ&hl=pt-BR&user=_vZiq3MAAAAJ]

Editora Priscila M. S. Gomes


Estudos sobre a dinâmica costeira no litoral do Rio de Janeiro revelam que a maioria das ondas oceânicas é gerada pela ação do vento, cuja força, direção e duração moldam a superfície do mar. À medida que o vento sopra sobre a água, pequenas rugosidades se formam e, somadas, dão origem a ondas de maior porte. O tamanho dessas ondas depende diretamente da intensidade e persistência do vento, além da extensão da superfície marinha afetada.

No litoral carioca, cuja linha de costa se estende na direção leste-oeste, com o oceano ao sul e o continente ao norte, as variações sazonais nos ventos resultam em padrões distintos de formação de ondas e movimentação de sedimentos. Na região do Recreio dos Bandeirantes, por exemplo, durante as situações pré-frontais quando atua o anticiclone tropical predominam ventos de leste e nordeste. Esse cenário produz ondas com altura média de aproximadamente 1,4 metro.

Já com a chegada de frentes frias, observa-se a mudança no regime dos ventos, que passam a soprar do sul e sudoeste, caracterizando as situações pós-frontais, associadas ao avanço do anticiclone polar. Nesses momentos, as tempestades marítimas são mais intensas, podendo gerar ondas que alcançam até 3 metros de altura.

As estações do ano também desempenham papel crucial na circulação costeira. No verão, sob condições climáticas mais brandas, prevalecem ventos de leste e nordeste, que originam correntes costeiras com direção leste-oeste. No inverno, os ventos mais fortes, vindos do sul e sudoeste, invertem esse fluxo, promovendo correntes de oeste para leste.

No arco praial que abrange Barra da Tijuca e Recreio dos Bandeirantes, as ondas costumam incidir de forma oblíqua à linha de costa, sendo parcialmente refratadas. Essa refração incompleta dá origem à corrente conhecida como deriva litorânea, um fenômeno localizado na zona de arrebentação, responsável pelo transporte paralelo de sedimentos ao longo da praia.

Esse processo de deriva é essencial para a redistribuição de sedimentos e ocorre nas proximidades das praias, onde a energia das ondas em quebra mantém partículas de areia em suspensão, permitindo seu deslocamento ao longo da costa. A compreensão desses mecanismos é fundamental para o planejamento costeiro e a preservação de ecossistemas marinhos e estruturas urbanas próximas ao litoral.


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