Metodologia Matricial revela impactos ambientais e socioeconômicos de termoelétrica no Rio de Janeiro
Dr. J.R. de Almeida
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Editora Priscila M. S. Gomes
A crescente demanda por novas matrizes energéticas no Brasil, intensificada após os episódios de racionamento ocorridos na década de 1990, impulsionou a busca por alternativas mais ágeis à expansão do setor hidrelétrico. Naquele período, a carência de infraestrutura adequada nas hidrelétricas brasileiras levou autoridades e investidores a apostarem na construção de usinas termelétricas como solução estratégica para diversificar a matriz energética nacional.
Com o apoio de decisões políticas tomadas a partir da segunda metade dos anos 1990, o número de termelétricas instaladas no país cresceu significativamente. Embora cumpram um papel importante no fornecimento de energia, essas usinas também geram impactos ambientais que precisam ser avaliados com precisão, considerando fatores espaciais e temporais de sua operação.
Foi nesse contexto que um estudo científico aplicou a metodologia matricial para analisar os impactos ambientais da Usina Termoelétrica a Gás (UTG) Termorio, situada no município de Duque de Caxias, no estado do Rio de Janeiro. Essa técnica permite identificar, medir e comparar efeitos ambientais de forma integrada, cruzando aspectos físicos, biológicos e socioeconômicos.
Os resultados apontam que os principais impactos negativos da operação da UTG estão relacionados a emissões atmosféricas e efluentes líquidos. Contudo, devido à localização estratégica e ao planejamento do projeto, esses impactos foram classificados como de baixa intensidade.
Do ponto de vista socioeconômico, a análise revelou efeitos positivos significativos: aumento da oferta e da confiabilidade no fornecimento de energia elétrica, geração de empregos diretos e indiretos, além do incremento na arrecadação tributária para o município e a região metropolitana.
O estudo reforça a importância de instrumentos técnicos, como a metodologia matricial, na tomada de decisões para projetos energéticos. Ao permitir uma visão equilibrada entre custos ambientais e benefícios sociais, esse tipo de avaliação contribui para o desenvolvimento de políticas mais sustentáveis no setor elétrico brasileiro.
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