quarta-feira, 3 de setembro de 2025

EFEITO DA POLUIÇÃO POR DIÓXIDO DE ENXOFRE (SO2) SOBRE BIOINDICADORES HORTÍCOLAS

EFEITO DA POLUIÇÃO POR DIÓXIDO DE ENXOFRE (SO2) SOBRE BIOINDICADORES HORTÍCOLAS    

Dr. J.R. de Almeida

[https://x.com/dralmeidajr][instagram.com/profalmeidajr/][  https://orcid.org/0000-0001-5993-0665][https://www.researchgate.net/profile/Josimar_Almeida/stats][ https://uerj.academia.edu/ALMEIDA][https://scholar.google.com.br/citations?user=vZiq3MAAAAJ&hl=pt-BR&user=_vZiq3MAAAAJ]

Editora Priscila M. S. Gomes


Poluição por dióxido de enxofre afeta desenvolvimento de hortaliças em áreas próximas a indústrias

Um estudo realizado em área próxima a uma indústria têxtil revelou que a emissão de dióxido de enxofre (SO₂), um dos principais poluentes atmosféricos gerados pela atividade industrial, exerce impacto direto no crescimento de hortaliças como cenoura e nabo. A pesquisa avaliou plantas cultivadas em diferentes distâncias da fonte poluidora e demonstrou que quanto mais próximas à indústria, maiores foram as reduções no desenvolvimento e na biomassa.

Segundo os pesquisadores, cenouras e nabos cultivados em locais próximos à indústria apresentaram pesos frescos e secos significativamente menores em comparação com os vegetais plantados em áreas mais distantes, incluindo uma estação de controle localizada a dez quilômetros do polo industrial. O crescimento das plantas, medido pelo peso fresco, aumentava conforme a distância da fonte emissora, indicando que a poluição do ar exerce efeito direto e mensurável sobre o desenvolvimento vegetal.


As análises também revelaram que o peso seco indicador importante para avaliar a produção de biomassa apresentou grande variação entre espécies e pontos de coleta. Em alguns casos, a redução foi alarmante: até 87,4% em relação às plantas cultivadas em áreas livres da influência industrial. A altitude e a topografia do terreno se mostraram fatores adicionais de influência. Plantas cultivadas em regiões na mesma altura da indústria ou em pontos localizados na direção predominante dos ventos apresentaram quedas ainda mais expressivas de crescimento.

Especialistas destacam que as condições meteorológicas, como velocidade e direção dos ventos, bem como áreas de estagnação do ar, podem potencializar os efeitos dos poluentes atmosféricos sobre a vegetação. Isso significa que a localização geográfica e as características naturais do relevo podem amplificar o impacto de substâncias tóxicas no ecossistema.

A pesquisa chama atenção para o fato de que regiões industriais com grande emissão de dióxido de enxofre representam risco não apenas à biodiversidade local, mas também à agricultura praticada em áreas vizinhas. As hortaliças analisadas nas imediações da indústria apresentaram sérios prejuízos no desenvolvimento, em contraste com aquelas cultivadas em ambientes mais limpos e livres da ação direta dos poluentes.

De acordo com os autores do estudo, os bioindicadores hortícolas como cenoura e nabo funcionam como importantes sinalizadores da presença de agentes fitotóxicos na atmosfera. O monitoramento desses vegetais pode, portanto, servir de ferramenta científica para compreender os efeitos da poluição sobre a saúde ambiental e para subsidiar políticas públicas de controle e fiscalização de emissões industriais.



Fonte: [Revista Interdisciplinar de Ciências, DOI: 10.12957/ric.2014.13834]

ESTUDO HIDROSSEDIMENTOLÓGICO E DA QUALIDADE DA ÁGUA NA FASE DE CONSTRUÇÃO DA PCH SACRE 2

 ESTUDO HIDROSSEDIMENTOLÓGICO E DA QUALIDADE DA ÁGUA NA FASE DE CONSTRUÇÃO DA PCH SACRE 2

Dr. J.R. de Almeida

[https://x.com/dralmeidajr][instagram.com/profalmeidajr/][  https://orcid.org/0000-0001-5993-0665][https://www.researchgate.net/profile/Josimar_Almeida/stats][ https://uerj.academia.edu/ALMEIDA][https://scholar.google.com.br/citations?user=vZiq3MAAAAJ&hl=pt-BR&user=_vZiq3MAAAAJ]

Editora Priscila M. S. Gomes



Estudo avalia impactos hidrossedimentológicos e da qualidade da água na construção da PCH Sacre 2

Pesquisadores analisaram os efeitos da implantação da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Sacre 2, em Mato Grosso, sobre o regime hidrossedimentológico e a qualidade da água do rio Sacre. O trabalho destaca que qualquer alteração em uma bacia hidrográfica seja na vazão, profundidade do canal ou na quantidade de sedimentos em suspensão impacta diretamente a morfologia do rio, com reflexos sobre a biodiversidade aquática.

O inventário hidrelétrico do rio Sacre, realizado pela empresa Brasil Central Engenharia, identificou cinco possíveis aproveitamentos, somando potência instalada de 133,8 megawatts. Embora aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o levantamento não garante, por si só, a autorização para a exploração do potencial hidráulico. Isso porque, como em outros projetos de geração elétrica, a obtenção das licenças ambientais representa um dos maiores desafios.




Enquanto usinas termelétricas costumam ser erguidas em áreas urbanas, as hidrelétricas, em sua maioria, se instalam em regiões afastadas muitas vezes em áreas de preservação ambiental. Essa característica torna o processo de licenciamento mais complexo e, em alguns casos, inviabiliza a execução das obras. O exemplo mais emblemático é a usina de Belo Monte, no rio Xingu (PA), que enfrentou forte resistência de ambientalistas nacionais e internacionais devido ao risco de danos irreversíveis à natureza.

A PCH Sacre 2, autorizada pela Resolução nº 189/2004 da Aneel, apresenta uma proposta de menor impacto: aproveita o desnível natural do terreno sem a necessidade de grandes reservatórios, reduzindo assim alterações significativas no curso do rio. No entanto, especialistas alertam que mesmo nesses modelos é fundamental o monitoramento contínuo da qualidade da água e do transporte de sedimentos.

Esse acompanhamento faz parte do Plano de Controle Ambiental exigido periodicamente pelos órgãos ambientais. O objetivo é identificar, em tempo real, possíveis modificações no ecossistema e estabelecer medidas de mitigação para assegurar que o empreendimento avance de forma sustentável, equilibrando a produção de energia e a conservação ambiental.



Fonte: [Revista Interdisciplinar de Ciências, DOI: 10.12957/ric.2014.11688]


segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Enzimas explicam como praga ameaça grãos armazenados e desafia a agricultura

 Enzimas explicam como praga ameaça grãos armazenados e desafia a agricultura

Dr. J.R. de Almeida

[https://x.com/dralmeidajr][instagram.com/profalmeidajr/][  https://orcid.org/0000-0001-5993-0665][https://www.researchgate.net/profile/Josimar_Almeida/stats][ https://uerj.academia.edu/ALMEIDA][https://scholar.google.com.br/citations?user=vZiq3MAAAAJ&hl=pt-BR&user=_vZiq3MAAAAJ]

Editora Priscila M. S. Gomes



A conservação de grãos após a colheita, etapa fundamental para a segurança alimentar, enfrenta um inimigo persistente: as pragas que atacam os estoques agrícolas. Entre elas, destaca-se a Sitotroga cerealella, também conhecida como traça-dos-cereais, um pequeno inseto da ordem Lepidoptera (família Gelechiidae) capaz de comprometer a qualidade e a quantidade de alimentos armazenados.

Estudos recentes apontam que o grau de infestação nos grãos armazenados está diretamente relacionado a uma série de fatores, como a resistência natural da variedade cultivada, o período de estocagem, o local e a época do plantio, além da preferência alimentar do inseto. No entanto, um elemento se mostra decisivo: o conteúdo nutricional do grão. Quanto mais rico em nutrientes, maior é a capacidade do inseto de sobreviver e se reproduzir, aumentando os prejuízos para agricultores e consumidores.

A explicação para esse processo está nos sistemas enzimáticos do próprio inseto. Essas enzimas atuam como ferramentas bioquímicas que permitem à praga metabolizar os nutrientes presentes no grão. De acordo com pesquisadores, a diversidade e a variabilidade dessa bateria enzimática garantem ao inseto maior eficiência na exploração dos recursos alimentares, prolongando sua longevidade e ampliando sua taxa reprodutiva.


Outro ponto de destaque é o papel das enzimas na neutralização de compostos tóxicos. Muitos grãos possuem substâncias naturais de defesa contra pragas, funcionando como barreiras químicas. No entanto, a traça-dos-cereais apresenta um sistema enzimático capaz de degradar parte desses compostos, rompendo a proteção natural das sementes. Essa habilidade coloca em evidência a importância da diversidade de isoenzimas, que tornam o inseto mais adaptável e resistente.

Na prática, essa flexibilidade metabólica garante à praga maior sucesso tanto nos ataques iniciais quanto nos residuais, ou seja, aqueles que persistem mesmo após tentativas de controle. A relação entre a variabilidade enzimática e a capacidade de infestação abre caminho para novas formas de monitoramento e manejo biológico, apontando para a necessidade de estratégias integradas de controle que considerem não apenas o ambiente de armazenagem, mas também a biologia do inseto.

A Sitotroga cerealella representa, portanto, um desafio constante para a agricultura moderna. Seu potencial de adaptação mostra que o combate a pragas em grãos armazenados exige mais do que medidas imediatistas: demanda conhecimento científico aprofundado sobre os mecanismos bioquímicos que sustentam sua sobrevivência. Para especialistas, compreender esses processos é essencial para desenvolver métodos sustentáveis de proteção dos alimentos, reduzindo perdas econômicas e garantindo a qualidade dos grãos que chegam à mesa do consumidor.



Modelo matemático revela desafios no monitoramento de contaminação de água subterrânea por derivados de petróleo em Itaguaí (RJ)

 Modelo matemático revela desafios no monitoramento de contaminação de água subterrânea por derivados de petróleo em Itaguaí (RJ)

Dr. J.R. de Almeida

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Editora Priscila M. S. Gomes



A contaminação de águas subterrâneas por combustíveis derivados do petróleo é um problema crescente no Brasil e tem preocupado cientistas, órgãos ambientais e a população. Substâncias conhecidas pela sigla BTEX benzeno, tolueno, etilbenzeno e xilenos estão no centro desse debate. Presentes em combustíveis como gasolina e diesel, esses compostos oferecem riscos graves à saúde humana e ao equilíbrio ambiental, já que podem infiltrar-se no solo e atingir lençóis freáticos.

Um estudo recente buscou aplicar o modelo computacional BIOSCREEN, ferramenta amplamente utilizada em simulações ambientais, para prever a dispersão de contaminantes em um caso específico de vazamento. O cenário analisado ocorreu em um posto de combustíveis localizado no bairro Brisamar, em Itaguaí, região metropolitana do Rio de Janeiro. O local contava com cinco tanques subterrâneos um de álcool, dois de gasolina e dois de diesel cada um com capacidade de 15 mil litros. Um vazamento acidental levantou a preocupação sobre os possíveis impactos no solo e nos aquíferos da região.


De acordo com especialistas envolvidos no estudo, a eficiência de qualquer processo de remediação ambiental depende do conhecimento prévio dos parâmetros físicos e químicos do terreno. É necessário compreender como os contaminantes se movem pela água subterrânea, qual a extensão da pluma de poluição e, principalmente, quanto tempo levaria para que a qualidade da água fosse restaurada.

A proposta do trabalho era justamente testar a capacidade do BIOSCREEN em simular esses processos no terreno analisado. O modelo matemático permite prever, em condições ideais, a evolução de plumas de contaminação, oferecendo dados importantes para tomadas de decisão. No entanto, no caso de Itaguaí, a aplicação não alcançou os resultados esperados. O motivo, segundo os pesquisadores, foi a limitação dos dados experimentais disponíveis para alimentar o programa, o que comprometeu a precisão da simulação.

Apesar das dificuldades, o estudo reforça a urgência em investir em monitoramento ambiental de alta qualidade. Os compostos do grupo BTEX não apenas contaminam a água e o solo, mas também representam risco elevado à saúde: o benzeno, por exemplo, é reconhecido como cancerígeno. Além disso, essas substâncias são de difícil degradação natural, permanecendo por longos períodos no ambiente.

O caso evidencia o desafio enfrentado por cidades brasileiras que convivem com postos de combustíveis antigos e tanques subterrâneos sujeitos a vazamentos. Mostra também que, para além da aplicação de modelos matemáticos, a coleta de dados completos e precisos sobre o subsolo é imprescindível para o sucesso de qualquer ação de controle e recuperação ambiental.

Mais do que uma pesquisa acadêmica, trata-se de um alerta para autoridades e sociedade: sem o devido cuidado, acidentes como o de Brisamar podem comprometer recursos hídricos vitais, colocando em risco não apenas o meio ambiente, mas também a saúde das populações locais.

MONITORAMENTO ECOLÓGICO EM AMBIENTE URBANO EM ECÓTONE DE FLORESTA TROPICAL

 MONITORAMENTO ECOLÓGICO EM AMBIENTE URBANO EM ECÓTONE DE FLORESTA TROPICAL   

Dr. J.R. de Almeida

[https://x.com/dralmeidajr][instagram.com/profalmeidajr/][  https://orcid.org/0000-0001-5993-0665][https://www.researchgate.net/profile/Josimar_Almeida/stats][ https://uerj.academia.edu/ALMEIDA][https://scholar.google.com.br/citations?user=vZiq3MAAAAJ&hl=pt-BR&user=_vZiq3MAAAAJ]

Editora Priscila M. S. Gomes



Monitoramento ecológico revela importância vital da Mata Atlântica em área urbana

Em meio à expansão urbana e às pressões ambientais, um projeto paisagístico realizado em uma área de ecótono da Floresta Tropical chama atenção pela proposta de unir estética, preservação e responsabilidade ecológica. A iniciativa parte do princípio de que a intervenção paisagística em áreas de relevância biológica deve ir além da beleza visual, priorizando a adaptação às condições ambientais locais e contribuindo para a recuperação e conservação da fitofisionomia original.

O local em questão é a Quinta do Paraíso, antiga fazenda que integra uma zona de Mata Atlântica. A região, marcada por intensa história de desmatamento, ainda guarda fragmentos valiosos de vegetação primária e secundária. Essas ilhas de mata preservadas são hoje fundamentais para a manutenção da biodiversidade, do equilíbrio hídrico e da estabilidade do solo, desempenhando papel essencial no controle de deslizamentos, ravinamentos e erosões severas.


A área está situada no Complexo da Serra dos Órgãos, zona norte-noroeste do maciço, inserida na Serra do Mar. Com altitudes que variam entre 920 e 1.160 metros, o terreno apresenta relevo movimentado, com formações abruptas, afloramentos rochosos e pequenas planícies aluviais. Essas características geográficas tornam o desafio ainda maior, mas também oferecem oportunidades para projetos de reconstituição ecológica de alto impacto.

Especialistas destacam que a manutenção da Mata Atlântica nessa região é vital não apenas para a fauna e flora locais, mas para todo o equilíbrio climático e hídrico. A floresta funciona como barreira natural contra extremos climáticos, conserva espécies vegetais de riqueza genética inestimável e serve de refúgio para a vida animal. A recuperação desse espaço degradado é, portanto, uma estratégia fundamental para garantir a sobrevivência dos ecossistemas associados.

Mais do que um projeto paisagístico, trata-se de um esforço de reconciliação entre sociedade e natureza. Ao propor a restauração ecológica em um território historicamente marcado pela intervenção humana, o monitoramento realizado aponta caminhos possíveis para integrar a urbanização às necessidades urgentes de preservação ambiental.

EFEITO DA POLUIÇÃO POR DIÓXIDO DE ENXOFRE (SO2) SOBRE BIOINDICADORES HORTÍCOLAS

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