Estudo revela participação da energia cultural na sustentabilidade de pomares
Dr. J.R. de Almeida
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Editora Priscila M. S. Gomes
Estudo revela participação da energia cultural na sustentabilidade de pomares
Pesquisadores destacam que a chamada “energia cultural” aquela que envolve o trabalho humano, o uso de insumos, transporte e maquinário representa cerca de 4% da energia total empregada pelo homem nas atividades agrícolas. Diferente da energia radiante absorvida pelas plantas nos processos de fotossíntese e transpiração, essa parcela é essencial para compreender os custos invisíveis da produção de alimentos.
No campo, a eficiência da utilização da luz solar pela fotossíntese é surpreendentemente baixa: apenas entre 0,1% e 0,5% da radiação disponível na faixa de 400 a 700 nanômetros é de fato aproveitada pelas culturas. Essa variação depende tanto da espécie cultivada quanto das condições ambientais que moldam o chamado substrato ecológico.
De acordo com os cientistas, a conversão de dióxido de carbono em açúcares simples demanda um investimento energético expressivo. Para cada molécula de CO₂ transformada em glicídios, seriam necessárias 112 calorias. No entanto, as plantas superiores, consideradas pouco eficientes, utilizam em média dez fótons de luz para realizar essa transformação, o que eleva o gasto para aproximadamente 520 calorias por molécula de CO₂.
Esses dados ressaltam a importância de analisar não apenas os processos naturais, mas também o papel humano e tecnológico nos sistemas agrícolas. Diante desse cenário, a pesquisa teve como foco a estimativa da energia cultural presente nos serviços e insumos utilizados em um pomar. A iniciativa busca compreender como essas dinâmicas influenciam a sobrevivência e a estabilidade das unidades produtivas, especialmente em um contexto em que a agricultura precisa conciliar produtividade e sustentabilidade.
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