MONITORAMENTO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREA DEGRADADAS
Dr. J.R. de Almeida
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Editora Priscila M. S. Gomes
Monitoramento de Áreas Degradadas ganha destaque em pesquisas ambientais
O ordenamento jurídico brasileiro vem reforçando a importância dos Projetos de Recuperação de Áreas Degradadas (PRADs), exigidos em processos de compensação ou licenciamento ambiental de atividades econômicas que causam impactos ao meio ambiente. Pesquisadores destacam que o êxito dessas iniciativas não depende apenas do plantio ou da recomposição da vegetação, mas também de um rigoroso processo de monitoramento e avaliação, etapas essenciais para garantir a efetiva restauração dos ecossistemas.
Um estudo recente analisou diferentes propostas voltadas ao acompanhamento da recuperação de áreas degradadas. Entre elas, a Proposta da Society for Ecological Restoration (SER, 2004), que reúne diretrizes universais para a restauração, com nove atributos de áreas recuperadas e três estratégias de avaliação. Apesar de apresentar um marco conceitual amplo, a proposta não contempla indicadores específicos de Projetos de Recuperação de Áreas Degradadas (RAD).
Já a Proposta de Melo e colaboradores (2010) vai além ao sugerir uma matriz de avaliação que incorpora sete indicadores voltados especificamente para os PRADs, organizados em três fases distintas da recomposição vegetal. Essa abordagem oferece um caminho mais prático para medir resultados e acompanhar a evolução das áreas em restauração.
Especialistas ressaltam que a incorporação de etapas sistemáticas de monitoramento e avaliação desde o início do planejamento dos PRADs é decisiva para ampliar o conhecimento sobre os processos ecológicos de recuperação. Além disso, esse acompanhamento permite verificar se os objetivos de conservação estão sendo alcançados e se as medidas adotadas de fato contribuem para a reabilitação dos ecossistemas afetados.
Com a crescente demanda por atividades econômicas que conciliem desenvolvimento e sustentabilidade, o tema ganha relevância tanto no meio científico quanto na esfera política, reforçando a necessidade de integrar ciência, gestão ambiental e legislação em prol da restauração ecológica.
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