SANEAMENTO AMBIENTAL E REÚSO DE ÁGUA: CONTRIBUIÇÕES PARA A GARANTIA DA SEGURANÇA HÍDRICA
Dr. J.R. de Almeida
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Editora Priscila M. S. Gomes
A ausência de saneamento ambiental adequado continua a comprometer a saúde de populações em diversas regiões do país, provocando impactos que vão além do campo biológico. Os efeitos negativos se estendem ao cenário econômico e social, resultando em custos elevados para governos e comunidades.
Especialistas alertam que investir em infraestrutura de saneamento e em tecnologias voltadas para o reúso de água é uma medida urgente e estratégica. Além de reduzir os danos causados pela falta de tratamento adequado, tais soluções reforçam a segurança hídrica, assegurando o fornecimento contínuo de água potável em quantidade e qualidade satisfatórias para a sociedade.
Uma pesquisa recente reuniu informações sobre as Doenças Relacionadas ao Saneamento Ambiental Inadequado (DRSAI), identificando também as principais substâncias poluentes que oferecem riscos à saúde humana. O estudo analisou ainda documentos técnicos que tratam dos padrões físico-químicos e microbiológicos exigidos para o reúso da água, a partir das normas brasileiras ABNT NBR 13.969/1997 e ABNT NBR 16.783/2019.
Os resultados apontam que a adoção do reúso de água representa não apenas uma alternativa sustentável para preservar os recursos naturais, mas também uma estratégia de saúde pública. Essa prática garante que a água potável seja destinada prioritariamente a usos nobres como abastecimento humano, enquanto o reúso pode atender atividades menos exigentes em qualidade, como irrigação, processos industriais e limpeza urbana.
Pesquisadores destacam que, diante da crescente escassez de recursos hídricos e do avanço das mudanças climáticas, o reúso de água se apresenta como um caminho viável e necessário para equilibrar a demanda da sociedade moderna com a preservação ambiental. A medida contribui, de forma direta, para a promoção da saúde coletiva, ao mesmo tempo em que fortalece a resiliência hídrica das cidades.
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